sábado, 11 de novembro de 2017

ME ENTORPECENDO NO ÚTERO MATERNO - REGRESSÃO TERAPÊUTICA

Estava em uma casa com entulhos, restos de madeiras e metais, pedaços de objetos largados no chão de terra batida. Tinha um lugar com fogo acesso continuamente, com uma espécie de caldeirão onde fervia uma mistura. 
Ainda bebê, assistia ao cozimento de raízes e caules no caldeirão e brincava com pequenos animais, causando algum sofrimento a eles. Assim que comecei a engatinhar, me arrastava pelo chão de terra tentando alcançar pequenos animais, por distração. Um casal rodeava o fogo a céu aberto, fatiavam um caule parecido com palmito, de miolo branco, no caldeirão com líquido fervente. Colocavam outras folhas e raízes, misturavam o líquido enquanto aspiravam a fumaça, e se inebriavam com o cozimento. Tanto a mulher quanto o homem tinham o mesmo aspecto sujo e desajeitado como eu-menino. Descabelados, roupas velhas desbotadas, sapatos desgastados e mulambos pelo corpo. Esse casal era responsável pelo cozimento de uma bebida alucinógena, servida na corte em dia de festas. 
Por algum motivo, vejo a cena de uma festa no palácio: cálices de prata, mesa farta, homens e mulheres bêbados em orgias. Numa sequência histórica invertida, me vi dentro do útero dessa mulher, minha mãe. Ela cozinhando a bebida alucinógena, bebendo também, ao lado do seu companheiro, meu pai, que fazia o mesmo movimento de cocção, naquela casa onde cresci como uma aberração. 
Sentia a fumaça inebriar meus pensamentos dentro do útero. Vi as fases do meu desenvolvimento intrauterino, sentia a minha cabeça confusa, ora vazia e ora com pensamentos desconexos, um eterno embriagar envolvendo meu corpo e minha mente. Tudo muito estranho, um vazio mental, corpo inchado, desconexão com meus pais, nenhum sentimento envolvido, entorpecimento contínuo, nem alegria nem tristeza.


Agora eu entendo melhor os malefícios dos vícios para um bebê em vida intrauterina. Mulheres e homens drogados, bêbados, entorpecidos por drogas lícitas e ilícitas; DNA modificado, espermatozoide deformado, óvulo encharcado de toxinas; torpor nos adultos, e consequentemente, no bebê. Quais os efeitos colaterais? Não sabemos! A resposta virá com o passar dos anos. Doenças auto-imunes, dores fantasmas, depressão, suicídio. São muitas as possibilidades.

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