sábado, 11 de novembro de 2017

MEMÓRIAS DO MEU BATIZADO - REGRESSÃO TERAPÊUTICA

Lembro da fotografia do meu batizado, estava no colo do meu tio-avô e padrinho. Ao seu lado, minha madrinha, superficialmente feliz, contida em seus pensamentos. Eu, bebê de uns 6 meses, via uma luz imensa nos olhos e rosto do meu tio-avô. Minha primeira imagem dele foi das suas mãos imensas, muito grandes em relação ao meu corpo no colo dele. Ele abriu as mãos e me pegou no colo, esticando as mãos como se faz quando se chama um bebê. Uma vez no colo, eu olhava para seu rosto em seu corpo grande, e via ao redor da sua fisionomia muita luz branca. Sim, ele brilhava. Irradiava alegria e amor naquele momento. Muito feliz comigo no colo, e eu muito feliz com ele me segurando. Era um amor recíproco. Me ocorreu um pensamento, que, de alguma forma, ele foi o maior apoiador para a minha chegada quando minha mãe me gestava. O mesmo amor e energia positiva não vinha da minha madrinha, esposa do meu avô, que sorria amarelo, numa vibração incômoda pra mim. Ela olhava pro vovô e pra mim, se ressentia por não poder ter filhos, não poder dar essa alegria ao seu esposo. Enquanto bebê, eu apenas admirava incansavelmente meu avô, e ignorava minha madrinha a maior parte do tempo.


Meu avô morreu quando eu ainda era pequena, não sei exatamente quando. Me lembro sempre de uma cena onde eu, minhas irmãs e primas ficávamos nas suas imensas pernas, envolvidas por seus imensos braços, com imensas mãos, ouvindo histórias de terror. Eu tinha medo das histórias e amava ele ao mesmo tempo! 
Muito gostosa essa lembrança.

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